14 de mar. de 2013

MEDICINA INTEGRATIVA - Terapias alternativas chegam a hospitais e centros de pesquisa pelo mundo

As terapias complementares são temas de estudos e estão inseridas em centros médicos no Brasil e no mundo - algumas delas estão disponíveis inclusive em postos de saúde pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Confirmando essa tendência, teve início (em fevereiro/2013) o primeiro curso nacional de pós-graduação em medicina integrativa no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
A Medicina Integrativa busca tratar o corpo como um todo ao invés de focar em um problema específico.


Nos Estados Unidos o governo estimula a pesquisa e a adesão a essas práticas com o Centro Nacional para Medicina Complementar e Alternativa (NCCAM sigla em inglês), cujo orçamento supera US$ 120 milhões.

O Instituto Samueli mostrou que 42% dos hospitais nos EUA ofereciam terapias complementares em 2010 - em 2007, o número era 37%. Centros de pesquisa prestigiados como MD Anderson e Memorial Sloan-Kettering Cancer Center e universidades como Harvard já dispõem de departamentos dedicados à pesquisa e aplicação de acupuntura, técnicas de relaxamento e afins. O número de estudos sobre o tema cresceu 33% em cinco anos, de acordo com o banco de dados de publicações médicas Pubmed.
A demanda também vem crescendo. Na última pesquisa do NCCAM sobre o uso dessas terapias, observou-se que, em 2008, quatro em cada dez americanos recorriam a elas.
No Brasil teremos uma noção desse cenário a partir deste ano, diz Patrícia Chueiri, coordenadora de Áreas Técnicas do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde: "Na Pesquisa Nacional de Saúde de 2013, incluiremos, pela primeira vez, perguntas ligadas à medicina integrativa, para saber o quanto o brasileiro a utiliza e quais as terapias mais empregadas".
Em São Paulo, hospitais como o Einstein e o Sírio-Libanês já contam com serviços de abordagem integrativa. O SUS, nessa tendência, oferece fitoterapia, homeopatia e práticas da medicina tradicional  chinesa, como acupuntura. Desde 2006, cada vez mais postos de saúde fornecem tais práticas, quando se lançou a Política Nacional de Práticas Integrativas.
Aos poucos, a medicina integrativa ganha evidências científicas. "Ela propõe um resgate das práticas mais antigas sem negar os avanços da medicina convencional" define o médico Paulo de Tarso Lima, coordenador do Grupo de Medicina Integrativa do Hospital Israelita Albert Einstein. 
Plínio Cutait, responsável pelo serviço de cuidados integrativos do Hospital Sírio-Libanês (que lança mão de reiki, acupuntura, meditação e outras técnicas) diz: "Se pensarmos em alguém com câncer, não podemos tratar apenas o tumor. É preciso considerar outras demandas desse paciente, como questões emocionais, espirituais e familiares. Nesse contexto, terapias complementares ajudam a minimizar a dor, a ansiedade ou depressão e até efeitos colaterais dos tratamentos convencionais".
O programa de pós-graduação do Einstein contempla terapias de toque, técnicas que trabalham a conexão mente/corpo e as medicinas chinesa e indiana, mas deixa clara a preocupação de investigar quando faz sentido aplicá-las.
Em Harvard, uma das linhas de pesquisa analisa o papel da meditação para contrapor problemas cognitivos. E no próprio Einstein exames de neuroimagem são usados para entender como meditar interfere no cérebro.
A medicina integrativa procura não só resolver um problema, mas reequilibrar o organismo para prevenir novas crises.

As técnicas mais utilizadas são as seguintes:
1) Acupuntura
2) Musicoterapia
3) Homeopatia
4) Fitoterápicos
5) Aromaterapia
6) Hipnose
7) Técnicas de Respiração
8) Meditação
9) Massagem
10) Quiropraxia
 
Outras abordagens complementares investigadas pela ciência são:
1. Reiki
2. Ioga
3. Ayurveda
4. Florais de Bach
5. Calatonia
6. Termalismo
7. Tai Chi Chuan

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Fonte: Revista Galileu - Número 259 - fevereiro 2013

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